Estratégias de marketing de influência no Spotify
Quando se fala sobre estratégias de marketing de influência, a tendência é sempre focar em redes sociais como Instagram, Facebook, YouTube e Twitter. Serviços de streaming de música têm dominado o mercado desde o surgimento dos smartphones. É o caso do Spotify (H2)
Quando se fala sobre estratégias de marketing de influência, a tendência é sempre focar em redes sociais como Instagram, Facebook, YouTube e Twitter. Serviços de streaming de música têm dominado o mercado desde o surgimento dos smartphones. É o caso do Spotify, que foi lançado em 2008 pelos empresários suecos Daniel Ek e Martin Lorentzon, com a finalidade de auxiliar os usuários na criação de playlists e podcasts.
A ideia dos fundadores era disponibilizar online, e de forma legal, músicas. E hoje, após 12 anos, continua a ser a principal plataforma de streaming musical do mundo. O Spotify traz a possibilidade de trabalhar o marketing de influência de maneiras diversificada, assim como plataformas de transmissão de jogos.
Como trabalhar estratégias de marketing de influência no Spotify
Existem dois formatos que podem reforçar o valor da marca no Spotify. São eles: as playlists e os podcasts. Cada um possui particularidades na hora de realizar a inserção da marca, para que não haja erros ao colocar a estratégias de marketing de influência em prática. Para isso, é preciso entender a diferença entre os formatos e como funcionam.
→ Playlist
Playlists, ou listas de reprodução em tradução livre, são um compilado de músicas que os usuários do Spotify colocam com um nome para identificação. Na plataforma, estima-se que existam mais de 2 bilhões de playlists. As marcas podem utilizar esse recurso como forma de aumentar o brand awareness. E isso pode acontecer da maneira mais simples que se imagina.
Seja para datas comemorativas (como Dia dos Namorados), festividades anuais (Festa Junina ou Natal) ou até mesmo momentos com amigos (como churrascos), as pessoas se unem para criar a playlist ideal para tocar durante o evento. Um exemplo disso, é o do Grupo Comunique-se. No fim de 2019, a empresa fez uma festa de Natal diferente e presenteou os funcionários com uma viagem para Búzios (RJ). Para deixar todos no clima e reforçar os valores da empresa, o RH criou um perfil no Spotify, com direito a playlist colaborativa para tocar nos ônibus e passeios durante a viagem.
A aderência foi grande. Todos queriam colocar músicas para tocar. Do funk ao rock, a playlist contou com mais de 700 músicas e 20 seguidores. O modelo foi sucesso entre os colaboradores e agora, em todos os eventos internos da empresa, existem links para criação de lista com ajuda dos funcionários.
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O case McDonald’s
Outro caso que também pode ser comentado é o do McDonald’s. Para tornar ainda mais agradável a experiências dos seus clientes da América Latina, eles se uniram ao Spotify. A campanha da rede de fast food no streaming desafiava os consumidores a colocar suas batatas fritas nos contornos impressos nos papéis de revestimento das bandejas. Em seguida, eles digitalizavam o código em seu tabuleiro para acessar a lista de reprodução chamada “FriesList“, que continha faixas temáticas, como “I’m Out Of Fries”. Isso potencializou ainda mais a visibilidade da marca, que foi vista como divertida.
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Dicas para montar uma playlist
Para auxiliar as marcas a obterem sucesso em suas playlists, o Spotify recomenda algumas práticas:
1. Incluir mais de 20 faixas nas playlists;
2. Não adicionar mais de uma faixa de um mesmo artista;
3. Evitar faixas de artistas que colaboram com marcas concorrentes ou que são contrários aos valores da empresa;
4. Não tratar suas listas de reprodução como comerciais.
→ Podcasts
Podcast é um arquivo digital de áudio transmitido de forma online. Geralmente, pode ser realizado de maneira jornalística ou ser uma conversa entre os participantes. Esse modelo de conteúdo lembra muito os talks que existem nas rádios. O Spotify, desde o início, buscou investir em podcasts. O ponto positivo é que esse tipo de conteúdo pode ter de 30 a 90 minutos de duração, permitindo que haja uma inserção da marca diversas vezes.
Para que seja possível promover a marca em um canal de podcast, no entanto é preciso estudar sobre o público que o escuta. Como em toda estratégia, é necessário analisar a forma como a marca será inserida e o tom que se pode usar. Vale ressaltar que quem irá divulgar o material é o próprio locutor do podcast, do jeito que funciona o rádio.
Além disso, é possível criar um perfil onde a marca invista em diversos tipos de conteúdos para se tornar referência em cada um deles. É o caso do site B9, que cobre assuntos de criatividade, mídia e inovação. Eles investiram fortemente nas estratégias de podcast e criaram diversos canais que abordam temáticas diferentes. Atualmente, existem mais de 10 canais de conteúdos da marca para podcasts e entre os mais famosos estão o Braincast e Mamilos.
Criar canais de conteúdo com outras marcas, ou até mesmo participar de um episódio em outro canal, pode ajudar a fortalecer o brand awareness. Pois, a sua marca poderá ser reconhecida como um especialista.
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O case Mamilos
Criado em 2014, o Mamilos conta com audiência mensal de 1,5 milhão de ouvintes. Apresentado pelas jornalistas Cris Bartis e Juliana Wallauer, o programa semanal é, segundo a equipe de comunicação responsável pelo produto, o segundo podcast mais ouvido do Brasil. Como resultado do sucesso do projeto, a dupla de apresentadoras entrou para o time de sócias da B9 Company.
Concluindo…
É importante investir em novos formatos de conteúdo, uma vez que o público os consumirá de forma diferente. Antes de investir em podcasts, também é preciso saber se o seu público-alvo se encontra presente no Spotify, quais canais ele costuma dar mais atenção e como ele consome esse tipo de conteúdo. No entanto, toda estratégia de marketing de influência precisa ser detalhadamente organizada por uma equipe preparada e que entenda os diferentes cenários. Dessa forma, a possibilidade de sucesso das estratégias de marketing de influência em uma campanha é muito maior.