Quem são os novos influenciadores?
Embora este resultado provavelmente não seja uma surpresa – uma vez que os jovens muitas vezes têm habilidades digitais para criar papéis como influenciadores –, a idade é apenas uma pequena parte da equação geral.
Juventude não é um pré-requisito para o sucesso. Acontece que tais indivíduos têm mais facilidade para lidar com as redes, ou seja, o ambiente online sempre esteve presente.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Yahoo, 18% dos jovens se consideram influenciadores bem estabelecidos, denominados “socialites”. Enquanto isso, 61% são “estrelas em ascensão” e 17% são “iniciantes”.
Socialites
Neste grupo, 35% já se associaram a uma marca online, com 40% deles trabalhando com uma empresa de tecnologia. No geral, 66% das postagens publicadas por socialites incluíam alguma integração com a marca. Outras categorias populares com quem as pessoas desejam trabalhar incluem moda e beleza (33%), entretenimento (30%) e viagens (20%).
Estrelas em ascensão
55% dos entrevistados revelaram que gostariam de se associar com alguma marca. Apenas 27% das publicações por estrelas em ascensão interagem com as empresas nas redes sociais. Os membros deste grupo preferem parcerias com marcas de entretenimento (27%), eletrônicos e tecnologia (26%), beleza e moda (25%) e, por último, viagens (18%).
Novatos
Deste grupo, 71% nunca se associaram a uma marca. No que diz respeito aos iniciantes que conseguiram uma conexão, 82% das suas postagens apresentaram uma integração de empresa, mas essas eram muitas vezes marcas menores que já tinham uma conexão pessoal com o influenciador.
A análise a seguir discute as características demográficas de cada uma das cinco plataformas de redes sociais na pesquisa :
Facebook – 72% dos usuários adultos de internet / 62% da população adulta inteira
Pinterest – 31% dos usuários adultos de internet / 26% da população adulta inteira
Instagram – 28% dos usuários adultos de internet / 24% da população adulta inteira
LinkedIn – 25% dos usuários adultos de internet / 22% da população adulta inteira
Twitter – 23% dos usuários adultos de internet / 20% da população adulta inteira
Todo jovem é influenciador?
Enquanto o estudo se concentrou em pessoas que visam monetizar sua influência ao fazer parcerias com marcas, a verdade é que todos influenciam pessoas em suas redes sociais. Seus comentários, opiniões, links compartilhados, conversas e indicações refletem naquilo que seus amigos vão ver no feed de notícias. Essa influência pode ser sutil, mas também pode motivar uma conexão para verificar uma nova marca, reconsiderar uma empresa ou resultar em novos interesses.
A lição aqui é que, se você estiver olhando para aumentar a conscientização da marca e atrair novos clientes para o seu negócio, a influência não vem apenas de pessoas que têm um grande público de mídia social. Para fins de marketing, você nem precisa escolher entre um e outro. Se cair no nicho certo, a parceria com um grande influenciador social, independentemente da idade, pode ser um ótimo ajuste para o negócio.
Marcelo Salgado é responsável pelo gerenciamento de redes sociais do Bradesco. Em entrevista ao Comunique-se, ele comentou sobre o fato do marketing de influência poder ser utilizado em diversos segmentos, como no caso do banco, que mantém uma relação com influenciadores e, ao mesmo tempo, se aproxima dos clientes por meio das redes sociais. Um bom exemplo é do Nerdcast, podcast do site Jovem Nerd e que representa o Bradesco.
“Você tem o massivo, que é o artista mais popular, a celebridade…e também tem a cauda longa, que são os nichos. No Orkut se chamava comunidade, no Facebook é grupo ou página. Quando você olha pra isso e testa engajamento, é mais provável que você tenha engajamento nos nichos do que no massivo. O desafio está em ganhar escala fazendo coisas personalizadas para cada nicho”.
Diretor de planejamento da agência Tubelab, Danilo Strano abordou sobre o “boom” dos criadores de conteúdo no marketing de influência. Na opinião dele, uma empresa pode se relacionar muito bem e ter sucesso com influenciadores pequenos.
“A pessoa que consegue conversar com um nicho muito específico já serve para comercializar. No mercado de beleza masculina, por exemplo, não existem muitos influenciadores, diferentemente do mercado de beleza feminino. Entretanto, você tem pessoas ali com 40 mil ou 50 mil seguidores que são seguidas por indivíduos muito importantes. Portanto, esse cara pode servir como replicador para outros influenciadores. Ele pode não estar em evidência, mas a mensagem chega a formadores de opiniões e atinge pessoas que podem compartilhar aquilo”
Esses jovens influenciadores têm um grande poder de criação, algo fundamental no marketing de influência. Momentos marcantes e histórias inovadoras conquistam o público e criam novas conexões. Assista e ouça seu público-alvo de perto para obter pistas sobre quem os influencia. Vale a pena o esforço para fazer algumas análises sociais. É indicado dar uma olhada em conversas, posts, personalidades, interesses e começar a fazer conexões com assertividade.
Quanto mais utilizar tal estratégia, e quanto mais conversas tiver com pessoas comuns que influenciam público pequeno, melhor entenderá o porquê eles compartilham assuntos e coisas diversas nas redes. A esse respeito, o marketing de influência é como qualquer outro tipo de marketing: tudo depende de um profundo conhecimento do seu público, suas preferências e seus problemas.
O mercado de marketing de influência está em crescimento e os jovens estão aproveitando esse momento. Estudos confirmam que tal estratégia deverá explodir em breve. Dados do eMarketer mostram que, atualmente, os profissionais de marketing estão dedicando cerca de 11% de seus orçamentos às mídias sociais em geral. A partir do próximo ano, esse valor aumentará para 14% e 24% dentro de cinco anos. Além disso, 59% planejam investir em breve no mercado de influenciadores.
As influenciadoras
Cada produto demanda um tipo específico de influenciador. No entanto, quase sempre é seguro apostar que existe uma chance maior de a influência ser exercida por uma mulher. Portanto, uma influenciadora em vez de um influenciador.
Dados da revista TIME indicam que cresceu 8% o número de mulheres entre 25 e 29 anos com um diploma universitário entre 1999 e 2009. Além disso, 50% dos empregos fora das áreas rurais nos Estados Unidos são ocupados por mulheres. Em 2008, 64% das mulheres com filhos com menos de seis anos trabalhavam fora de casa, contra 39% em 1975. Além disso, em 47 de cada 50 regiões metropolitanas dos Estados Unidos mulheres de 20 a 29 anos sem filhos ganham mais dinheiro do que os homens do mesmo perfil.
Um estudo da Women@NBCU mostra que nas últimas duas décadas, mulheres se tornaram mais envolvidas nas tomadas de decisão financeiras nas famílias quando se trata de aquisição de bens de alto valor.
Segundo a Harvard Business Review, mulheres são as decisoras em 94% das compras de móveis, 92% de imóveis, 60% de carros e 51% de eletrônicos. Segundo o estudo Scarborough USA de 2011, 14% das mães americanas têm um blog.
As mulheres dominam também as mídias sociais. Segundo um estudo da Ruby Media Corporation and Finances Online, 76% delas usam Facebook nos Estados Unidos (contra 66% dos homens), 54% delas usam Tumbler (contra 46% deles), 33% delas usam Pinterest (contra 8% deles), 20% delas usam Instagam (contra 8% deles), 20% delas usam Instagram (contra 15% deles) e 18% delas usam Twitter (contra 17% deles).
Somente no LinkedIn os homens são maioria: 24% contra 19%. Da mesma forma, elas predominam em tendências, como o mobile. Segundo a mesma Ruby Media corporation, 46% das mulheres (e 43% dos homens) usam seus smartphones para acessar redes sociais e 32% delas (e 20% deles) usam seus tablets para o mesmo propósito.
Segundo a Burst Media Online Insights, as mulheres interagem com mais frequência do que homens com marcas, seja para mostrar-lhes apoio, aproveitar ofertas ou fornecer opiniões e comentários. Nas redes sociais, 54,2% das usuárias americanos (e 48,6% dos usuários americanos) interagiram com atividades de marcas, como compartilhamentos ou anúncios.
A evolução dos influenciadores
Os influenciadores tiveram uma evolução durante o desenvolvimento das gerações. Há muitos anos, as famílias com maiores poderes sociais, econômicos e religiosos tinham muita influência nas decisões das pessoas. Depois disso, as celebridades — sempre envolvidas em ações publicitárias — representavam as marcas, onde personagens passaram a ser criadas.
Segundo estudo do Google, 70% dos adolescentes pensam que os YouTubers são mais confiáveis do que as celebridades e 88% dos consumidores confiam nas recomendações online, tanto quanto as recomendações presenciais.
Entenda melhor a evolução dos influenciadores até a atualidade e o seu poder de influência na decisão de compra com este infográfico abaixo da Nogre.