Como a proibição de anunciar produtos em redes sociais afeta influenciadores
Influenciadores, muita atenção com o tipo de produto que vocês promovem em suas redes sociais. Afinal, Facebook e Instagram já estão monitorando itens que podem colocar em risco a saúde integridade física dos seus usuários. O anúncio foi feito pelo blog oficial do Instagram em dezembro.
Entre os itens presentes na lista negra das redes sociais, destacam-se as armas de fogo, o tabaco e também os populares vapes — os cigarros eletrônicos. Resumidamente, isso pode impactar significativamente a maneira de se relacionar com o seu público-alvo.
Do que se trata?
Tudo começou com a decisão da Advertising Standards Authority (ASA) do Reino Unido decidir-se pelas novas regras e políticas a respeito dos produtos mencionados anteriormente.
Em resumo, os influenciadores digitais devem interromper a publicidade feita com os cigarros eletrônicos e tabaco. Isso respingou diretamente na própria relação das redes sociais com os seus usuários.
Assim, não tardou para que o Facebook e o Instagram adaptassem as suas políticas com base na decisão da ASA.
O que muda com isso em grande escala?
Embora, segundo a CBS News, o projeto tenha iniciado com uma decisão regional, Instagram e Facebook já demonstraram interesse em praticar a mesma política em uma perspectiva global.
A partir de 2020, portanto, o mundo inteiro vai ter de se adaptar, não mais expondo esses produtos com caráter publicitário.
Veja que já é proibida a divulgação desses produtos no Reino Unido, mas o poder das redes sociais em servir como plataforma publicitária ajudou as empresas a driblarem a restrição.
Tudo porque, até há pouco, não havia um meio de restrição nem sequer sobre o assunto, quando o meio de comunicação usado era uma das redes sociais de Mark Zuckerberg. Trata-se, apenas, de uma extensão e adaptação dos canais publicitários, tendo como parâmetro atual o poder de divulgação de celebridades e influenciadores digitais por meio das redes sociais.
Até o momento, o país europeu já impactou as campanhas publicitárias de diversas empresas de cigarros eletrônicos, como:
- GoVype;
- Ama Vapes;
- Attitude Vapes;
- Global Vaping Group.
Mas não se trata de uma situação apenas direcionada às empresas dos setores impactados, em questão.
Como isso vai impactar os influenciadores digitais?
Não há como negar que as redes sociais, hoje em dia, nem sequer se assemelham com as suas características originais de anos atrás.
Atualmente, essas ferramentas de comunicação são poderosos instrumentos de influência. Não à toa, os usuários mais populares carregam tamanho poder comercial por trás dos seus seguidores.
Com a decisão de impedir os influenciadores de anunciarem armas, tabaco e cigarros eletrônicos, cabe a esses usuários a responsabilidade de acatar às novas regras.
Do contrário, as contas podem ser bloqueadas temporariamente e, por fim, excluídas das redes sociais, se o desrespeito às políticas de uso persistir.
Vale destacar, contudo, que a questão está diretamente associada às publicidades indiretas, causadas pela influência dos usuários. Afinal, o Facebook já tem um monitoramento efetivo, a respeito desse assunto, com os anúncios.
Dessa maneira, o alvo, agora, são os influenciadores que promovem produtos e serviços, em nome das empresas, em troca de uma remuneração.
A lista de itens considerados proibidos pelas redes sociais também se estende para pílulas de emagrecimento, suplementos nutricionais e também para bebidas alcoólicas.
Também, de maneira complementar, Facebook e Instagram estão trabalhando em uma maneira mais efetiva de direcionar os conteúdos certos para os usuários certos. O que vai minimizar o surgimento de campanhas publicitárias e pagas para menores de idade, por exemplo.
Quais outras medidas devem ser observadas?
Se, por um lado, a proibição de banir a publicidade de determinados produtos é prejudicial para os usuários — e também para o lucro das empresas —, há algo de positivo a se perceber disso.
De acordo com o comunicado das redes sociais de Mark Zuckerberg, há um esforço em revolucionar a maneira com a qual os influenciadores abordam e interagem com as marcas em potencial para novas parcerias.
Hoje em dia, esse trabalho é quase rudimentar, consistindo no compartilhamento de screenshots das métricas acumuladas pelos usuários. A promessa para os próximos meses é facilitar esse processo, permitindo aos influenciadores digitais o compartilhamento desses insights de maneira mais prática, diretamente pelas suas plataformas por meio do Brand Collabs Manager.
Futuramente, a expectativa é transformar essa nova solução em um meio de interação, entre influenciadores e empresas, facilitando a aproximação de perfis similares.
Não é segredo que as redes sociais se tornaram, para muitas empresas, uma espécie de máquina publicitária. Cientes disso, Facebook e Instagram estão lidando com as mudanças do mercado para garantir que os próximos anos apenas reforcem essa nova perspectiva digital.
Portanto, é importante observar quanto o dinamismo do mercado segue a toda velocidade. E, especialmente, quanto as redes sociais já adquiram, definitivamente, um status imbatível de canal publicitário — e com potencial para crescer ainda mais.
Fica apenas a impactante decisão como um aviso aos influenciadores e marcas: atenção constante às políticas e boas práticas nas redes sociais para evitar um grande problema — como a exclusão da conta no Instagram e/ou Facebook — por infringir as regras da empresa.
Takeaways
As redes sociais começaram a banir determinados produtos, como armas, tabaco e cigarros eletrônicos. A ideia promete combater a promoção de produtos que podem causar riscos e prejudicar a saúde das pessoas. Isso tende a afetar diretamente muitos influenciadores digitais.