Kings League: o novo jogo da influência
Entenda como se iniciou a revolução do futebol com a Kings League: streaming, influenciadores e o futuro do esporte na era digital.
O que é a Kings League?
A Kings League, o novo jogo da influência, foi criada em dezembro de 2022, em Barcelona, pelo ex-zagueiro do Barcelona e da Seleção Espanhola, Gerard Piqué, em parceria com o streamer espanhol Ibai Llanos e outros influenciadores.
A proposta era ousada e estratégica: transformar o futebol em um espetáculo digital, com partidas mais rápidas, forte presença no entretenimento e regras mais dinâmicas, como pênaltis batidos pelos presidentes dos clubes e cartas que dobram o valor do gol.
Tudo isso foi pensado para conquistar um público jovem e conectado, mais interessado em clipes virais e transmissões ao vivo do que em partidas tradicionais de 90 minutos.
As partidas são transmitidas gratuitamente em plataformas como YouTube e Twitch, com uma produção em massa e engajamento em tempo real.
Ela foi oficialmente lançada em dezembro de 2024, com transmissão pela CazéTV, canal do streamer Casimiro Miguel. Hoje as transmissões ocorrem nos canais oficiais da liga e nos canais dos presidentes das equipes.
Internacionalmente, a Kings World Cup of Nations 2025 será exibida por parceiros como ESPN, Disney+ e CBS, além das plataformas digitais oficiais da liga, ampliando significativamente seu alcance
Os números impressionam: mais de 80 milhões de horas assistidas e audiência majoritariamente digital, com 85% do público abaixo dos 34 anos. (Leaders Week London).
Por que isso importa para o marketing de influência?
Onde tem audiência, tem oportunidade
Por que isso importa para o marketing de influência?
Porque a Kings League não está competindo com o futebol tradicional, ela está competindo com o algoritmo, com o tempo de atenção do público, com a movimentação de marcas e com a média de audiência.
E o modelo que Piqué criou é o reflexo perfeito do novo marketing de influência: um formato mais leve e menos engessado, com foco em comunidade, conteúdo e criadores.
Enquanto ligas tradicionais ainda se apoiam em contratos bilionários e mídia tradicional, a Kings League é distribuída por streamers que atuam como canais de mídia próprios, influenciadores com storytelling afiados, e marcas que entendem o valor e prezam pela atenção no digital.
Além de Ibai Llanos, influenciadores como TheGrefg e Rivers não apenas comandam equipes, mas também desempenham papéis cruciais na criação de conteúdo.
Eles produzem bastidores, reações e desafios, gerando narrativas que conectam diretamente com seus seguidores, multiplicando o engajamento e fidelizando comunidades.
No Brasil, nomes como Gaules, Nobru, Cerol, Nyvi Estephan, Jon Vlogs, Paulinho o Loko, LuquEt4, Coringa, KondZilla, Ludmilla e Cris Guedes também atuam como presidentes de times, contribuindo ativamente para o conteúdo das equipes.
Onde tem audiência, tem oportunidade
Mais de 90% da receita da Kings League vem de patrocínios com grandes marcas como: Red Bull, Adidas, Trident e McDonald’s, empresas que viram ali não apenas mais uma vitrine, mas um novo formato com alto poder de engajamento.
As marcas patrocinadoras da Kings League têm explorado ativamente a influência dos criadores de conteúdo.
Por exemplo, a FURIA, presidida por Neymar e Cris Guedes, uniu-se ao Podpah e o Prime Video, e firmou parceria para lançar a MadHouse TV, um canal de transmissões esportivas no YouTube, que exibe os jogos da Kings League Brasil.
Essa parceria não apenas amplia o alcance das transmissões, mas também integra os influenciadores diretamente nas ativações das marcas envolvidas.
A Kings League Brasil já demonstra seu potencial competitivo e de engajamento. Na edição de 2025, a FURIA, liderou a fase inicial do torneio nacional e garantiu vaga na Copa do Mundo da Kings League.
Segundo a própria organização, a Kings League já levantou mais de 60 milhões de euros em investimentos, incluindo fundos de criadores como Jake Paul e investidores da NBA. (Lance Esportes)
O que atrai tanto jogadores quanto marcas não é mais o prestígio tradicional, é a visibilidade.
Jogadores aceitam cachês menores para estarem diante de milhões de visualizações. Marcas ganham exposição e notoriedade espontânea ao se associarem a esse novo universo.
No Brasil, a versão local já estreou com quase 750 mil espectadores simultâneos e operação no estilo estúdio, com infraestrutura adaptada para conteúdos digitais, vestiários instagramáveis e arquibancadas com naming rights. Cada detalhe é pensado para viralizar.
Após consolidar seu sucesso na Espanha, a Kings League vem acelerando sua expansão internacional com edições na América Latina e na Europa.
A Kings League Américas, lançada em 2024 com sede no México, já atraiu grandes nomes do futebol e da criação de conteúdo digital, incluindo Chicharito Hernández e o streamer colombiano WestCol.
Há planos em andamento para levar o modelo a outros mercados como França e Estados Unidos, explorando o apelo global do futebol com a dinâmica da creator economy.
Com um formato replicável e adaptável à cultura local, a Kings League se posiciona como uma franquia esportiva global pronta para escalar como produto de mídia digital.
O que isso ensina às marcas?
A Kings League é um case de marketing de influência bem executado, e com potencial de escalar globalmente como um produto. O que podemos aprender com ela?
- Influência está na distribuição, não na hierarquia;
- Conteúdo personalizado performa mais do que anúncios tradicionais;
- Marcas que se posicionam como entretenimento ganham relevância;
- Criadores são ativos estratégicos, não apenas canais;
Assim como o TikTok Shop transformou o consumo ao integrar loja e conteúdo em uma única experiência, a Kings League integra o esporte ao entretenimento digital, sem precisar de intermediários.
O creator não está só divulgando o conteúdo, ele é o conteúdo. Na Kings League, a influência não é medida por títulos ou cargos, mas pela capacidade de engajar e distribuir conteúdo.
A Kings League demonstra que conteúdo autêntico e personalizado tem mais impacto do que anúncios tradicionais.
Marcas como Adidas, iFood e Max Titanium não apenas patrocinam a liga, mas também co-criam experiências e conteúdos exclusivos que se alinham com os interesses do público-alvo.
Por exemplo, a Adidas não só fornece os uniformes oficiais, mas também desenvolve conteúdos digitais em parceria com a liga, ampliando sua presença nas plataformas digitais.
Conclusão
A Kings League mostra que o futuro do marketing de influência não está nas celebridades inalcançáveis ou nos grandes veículos de mídia, mas sim nos criadores que sabem capturar e manter a atenção das novas gerações.
E para as marcas que desejam crescer com relevância, a resposta é clara: o jogo mudou. E agora ele acontece DENTRO da influência.
Na Influency.me, acreditamos que toda marca pode aprender com esse modelo. Assim como a Kings League criou uma nova forma para transformar jogos em conteúdo, nós conectamos marcas a influenciadores capazes de transformar produtos em narrativas reais.
Oferecemos uma plataforma completa para campanhas de influência com inteligência, escala e propósito. Do casting à mensuração, cuidamos de cada etapa da sua campanha.
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