Afinal, ainda dá para ser digital influencer no Twitter?
No ar desde 2006, o Twitter desembarcou no Brasil em meados de 2008 — com uma versão em português chegando apenas três anos depois — e ganhou rapidamente a predileção de muitos usuários no País. Acontece que, nos últimos anos, a audiência de brasileiros caiu drasticamente. Em 2012, por exemplo, havia 40 milhões de contas ativas. Sete anos depois, esse número era de apenas 8,28 milhões de usuários ativos.
Em âmbito mundial, o cenário é de estagnação. Segundo o Statista, houve crescimento contínuo e acentuado até o início de 2015, quando começou uma estagnação — com altos e baixos. Passou a haver, inclusive, decréscimo do número de usuários ativos. Essa redução é possível porque o usuário é considerado inativo não por encerrar a conta, mas por ficar sem acessá-la por algumas semanas ou meses.
A partir do primeiro trimestre de 2018, o número de ativos começou a cair trimestre a trimestre até o final de 2018, quando voltou a subir timidamente.
Todo esse cenário, expresso no gráfico abaixo, pode ser resumido a uma palavra: estagnação.
Apostar no Twitter como o principal canal de comunicação para um digital influencer não é uma ideia tão perspicaz. Plataformas como Instagram, YouTube, podcast e possivelmente o LinkedIn parecem opções muito mais adequadas em 2020.
Os usuários mais antigos naturalmente têm uma audiência consolidada no microblog. Isto, porém, não significa que a rede social deva ser tirada dos seus planos caso você não tenha uma conta criada nele. Existem, ainda, bons motivos para considerar o Twitter em sua estratégia como creator.
Popularizado pelos tuítes — conteúdos textuais com até 280 caracteres —, o Twitter vinha enfrentando resistência de muitos usuários justamente por não se adaptar às tendências que favorecem novos meios de interação e de utilização de sua plataforma.
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Com pouco mais de 330 milhões de usuários ao redor do mundo, a rede social é, realmente, mais focada no dinamismo do que nas interações prolongadas. Afinal, os meios mais comuns de uso consistia nos tuítes e retuítes. Segundo o site Oberlo, essa prática rende uma média de apenas 3,39 minutos de uso diário entre os seus frequentadores.
Até por isso, a empresa adotou mudanças significativas. Recentemente, o Fleet foi lançado. É uma espécie de primo mais novo dos populares stories do Facebook e Instagram, trazendo fôlego renovado à plataforma.
Para o chefe de produto do Twitter, Mo Aladham, a ideia é “fazer o possível para que [os usuários] tenham conversas de novas maneiras, com menos pressão e mais controle, além dos tuítes e mensagens diretas”. Segundo ele, o Fleet vai servir como uma “nova forma de iniciar conversas a partir de seus pensamentos fugazes”.
Every day, people come to Twitter to see what’s happening. One of the unique things about Twitter is that “what’s happening” is fueled by people sharing their thoughts openly, through Tweets. But sharing your thoughts publicly can be intimidating! ?
— Kayvon Beykpour (@kayvz) March 4, 2020
Portanto, vale a pena usar o Twitter, sim, mas não como o principal meio para ascender no meio de influenciadores digitais — e apenas como uma ferramenta de comunicação a mais. Em outras palavras, um instagrammer, youtuber ou podcaster talvez deva usar o Twitter como um reforço para o seu canal digital. Mas será muito difícil se estabelecer do zero se começar no microblog em pleno 2020.
Como usar o Twitter hoje?
Se o Twitter pode não ser o protagonista para influenciadores emergentes ou principiantes no trabalho, ele tem bastante valor na propagação dos conteúdos gerados em outras redes sociais.
E, aí, entram algumas possibilidades efetivas para manter uma conta ativa no Twitter. Alguns benefícios:
- Compartilhar postagens em outros meios, como o blog ou YouTube;
- Chamar a atenção de pessoas com interesses comuns aos seus conteúdos por meio de tuítes rápidos e que gerem o engajamento dos usuários;
- Usar um canal a mais de atendimento para interagir, tirar dúvidas, conhecer a sua audiência etc.;
- Fortalecer a sua interação com o público. Uma maneira efetiva e complementar, portanto, para construir e manter o bom relacionamento com a sua audiência;
- Monitorar novas tendências, oportunidades e carências que podem ser explorados nos outros canais que você mantém ativos.
Takeaways
O Twitter não cresce mais no mundo nem no Brasil como acontecia poucos anos atrás. Dificilmente um influenciador digital conseguirá se tornar alguém importante se criar um uma conta no microblog hoje. No entanto, essa rede social pode servir como um bom complemento para Instagram, YouTube ou podcast.