O tamanho do mercado do marketing de influência no mundo em 2020
Quase metade do jovens já comprou um produto depois de ter ouvido uma recomendação de um digital influencer. Existe um ditado que diz que pelo dedo do pé se tem uma noção do tamanho do gigante. Ele se aplica ao marketing de influência com os dados em questão, da consultoria Shareablee. Nada menos que 48% das pessoas de 18 a 24 anos disseram ter comprado um produto após a recomendação de um creator. Isto significa que os influenciadores são a mídia do momento. Os números sustentam essa afirmação.
Para 2020, a estimativa de movimentações financeiras no setor é expressiva. Artigos da Forbes e de outras publicações internacionais de peso já apontaram que o TAM (mercado total endereçável) do marketing de influência gira em torno de US$ 10 a 25 bilhões.
Um crescimento que surpreende muitas outras estimativas para o mercado. Para 2019, a AdWeek previu US$ 10 bilhões. A mesma média que a agência MediaKix apontou para este ano, entre US$ 5 e US$ 10 bilhões.
Isso está longe de ser mero otimismo. O marketing de influência tem dominado as ações dos produtores de conteúdo digital. Especialmente por meio das redes sociais mais ativas para essa finalidade: Instagram e YouTube.
O Instagram e o YouTube
O Instagram tem a média de 1 bilhão de usuários ativos ao longo de um mês típico enquanto o YouTube acumula o dobro disso em sua base de usuários — dos quais, 79% têm a sua própria conta na rede social.
Vale observar o impacto disso em um espectro global: as redes sociais fazem parte do dia a dia das pessoas. Só no Brasil, por exemplo, as pessoas ficam quase quatro horas por dia checando as suas redes sociais. Esse hábito coloca o Brasil no segundo lugar do ranking global:
- Filipinas, onde as pessoas passam em média 241 minutos por dia em redes sociais;
- Brasil, com média de 225 minutos por dia;
- Colômbia, com média de 216 minutos por dia;
- Nigéria, com média de 216 minutos por dia;
- Argentina, com média de 207 minutos por dia.
Isso reflete, diretamente, a atenção que as empresas e investidores vão dar às redes sociais. O que evidencia a relevância atual do marketing de influência, por consequência.
A relação dos usuários com os influenciadores
Assim como o cinema serviu como uma das principais plataformas de publicidade e comunicação ao longo da primeira metade do século XX, e a TV dominou grande parte da outra metade, a internet se tornou o meio de comunicação mais consumido nos últimos anos.
As pessoas encontraram nos influenciadores digitais um reduto de confiança quando se trata de indicações de produtos. Como vimos na pesquisa que ilustrou a abertura deste artigo, quase metade dos jovens ouvidos procuram pela opinião de influenciadores digitais antes de tomar uma decisão.
Vale destacar que essa não é uma tendência nova, mas o reflexo de um movimento em constante expansão. Um exemplo disso é que, em 2017, o Instagram respondeu a US$ 1,07 bilhão no mercado de influenciadores digitais. Para 2019, a projeção mais que dobrou: US$ 2,38 bilhões.
Já o levantamento Think with Google vai além, apontando alguns dados, no mínimo, curiosos a respeito do marketing de influência praticado no YouTube.
Um deles é que 70% dos adolescentes inscritos na plataforma dizem ter mais identificação e confiança nos influenciadores do que nas celebridades tradicionais (TV, rádio e cinema, por exemplo). Entre os millennials, 40% deles acreditam que os youtubers os compreendem melhor do que os seus próprios amigos.
Como resultado disso — e do fato de que 70% da audiência dos canais do YouTube creem que os influenciadores podem moldar a cultura atual —, o engajamento da rede social é um dos mais relevantes. Trata-se de uma comunidade mais engajada e, portanto, com maior potencial de gerar lucros para as empresas de olho em usar o marketing de influência.
Isso apenas reforça as estimativas mais que positivas, no artigo da Forbes, a respeito dos bilhões de dólares previstos para o ano de 2020. Mas vale destacar que o Instagram e o YouTube são, sim, partes fundamentais desse processo, mas não as únicas.
Chegam aos celulares das pessoas novas formas de consumir conteúdo, como TikTok, podcasts e outras redes sociais, que também movimentam as suas cifras, Gigabytes e minutos dos planos de dados. O que também vai se refletir em novas oportunidades, de imediato e em um futuro próximo.
Takeaways
O TAM para o marketing de influência continua acima dos US$ 10 bilhões em âmbito mundial, impulsionado pela atividade das duas principais redes sociais para esse mercado em 2020: Instagram e YouTube. O TikTok e os podcasts surgem como novas possibilidades para um futuro talvez próximo — e por isso merecem ser monitorados.