O que são nanoinfluenciadores?
Nanoinfluenciadores são usuários de redes sociais que têm entre mil e 10 mil seguidores. Embora sua audiência seja pequena, ela é ativa e segmentada, uma vez que o nanoinfluenciador costuma abordar um tema bem específico.
Alguns sites acrescentam elementos à definição. A edição internacional do jornal britânico The Guardian, por exemplo, afirma que o nanoinfluenciador é um “cidadão digital ordinário, que não é cortejado porque tem um número de seguidores tão baixo quanto mil”. Ou seja, é um usuário de rede social que não tem o glamour dos grandes creators.
No entanto, com a evolução do marketing de influência, esse pequeno usuário agora desperta o interesse das marcas. Não que individualmente ele passe a ter grande representatividade. Mas, em grupo, sim. É a velha analogia do grão do de areia.
O nanoinfluenciador pode ser visto como o quinto nível de influenciadores em uma escala. Embora haja divergências sobre a quantidade de seguidores que define cada faixa, elas podem ser classificadas desta maneira:
Os nanoinfluenciadores são uma boa opção para empresas que buscam alto nível de engajamento em suas campanhas. Segundo a CMS Wire, o engajamento médio deles é de 8,7%. Entre os megainfluenciadores, é de apenas 1,7%.
Normalmente, as marcas fazem uma escolha entre duas opções. Elas podem contratar poucos influenciadores com mais seguidores ou fazer o inverso: optar por um volume maior de micro ou nanoinfluenciadores que, individualmente, cobram valores menores.
Especializada em marketing de influência, a empresa americana The Shelf explica que, ao longo de um ano, “você pode facilmente contratar 100 nanoinfluenciadores com 10 mil seguidores cada e alcançar, assim, um milhão de pessoas. Desta forma, as campanhas gerarão provavelmente entre 200 e 600 conteúdos para a sua marca em suas redes sociais e em anúncios”.
O resultado do exemplo apresentado pela The Shelf não será rigorosamente o mesmo, mas será comparável ao de uma campanha em que um único influenciador com 1 milhão de seguidores é contratado. Em linhas gerais, a lógica dos nanoinfluenciadores é bem parecida — mas diferente — com a dos microinfluenciadores. O que muda, basicamente, é que os nano são ainda menores.
- Leia também o nosso post sobre microinfluenciadores, pois nele explicamos didaticamente a diferença para os nanoinfluenciadores.
Qual a melhor escolha?
Não há uma opção certa ou errada entre mega ou nanoinfluenciadores. Tudo depende da campanha em questão. O que se deve ter em mente é que, em geral, influenciadores menores custam menos e têm mais engajamento. Mas, por outro lado, exigem um esforço maior no gerenciamento. Porque são contratados em grupos grandes e, quase sempre, são menos profissionais do que influencers que ganham a vida com seus canais.
A agência americana de marketing de influência Izea atesta que “em alguns casos, pode ser mais benéfico para uma marca trabalhar com influenciadores menores”. Não há, portanto, uma escolha necessariamente melhor.
Alguns times de marketing, inclusive, mesclam as duas opções. A Audible, plataforma de audiolivros da Amazon, por exemplo, fez em 2018 uma campanha em que mesclou megainfluenciadores com nanoinfluenciadores porque isso fazia mais sentido, conforme reportou o blog da plataforma Glean.
É mais uma prova de que o profissional de marketing deve entender as premissas que permeiam o mundo dos influenciadores e tomar decisões inteligentes a partir delas. Não devem se prender a dogmas nem a fórmulas.
Takeaways
Nanoinfluenciadores são um recorte ainda menor do que os microinfluenciadores. Dizem respeito a usuários que têm entre mil e 10 mil seguidores. São normalmente acionados por marcas que buscam alto grau de engajamento em suas campanhas.