Programa de TV com IA fecha campanha com a Magalu e inaugura nova era do influencer marketing
Marisa Maiô é a estrela de um programa de TV feito com inteligência artificial, criado por Raony Phillips.

Nos últimos dias, a internet brasileira foi tomada por uma personagem inusitada: Marisa Maiô. Apresentadora de um programa de TV com IA, que fecha campanha com a Magalu e inaugura nova era do influencer marketing. Marisa viralizou nas redes sociais com entrevistas surreais, visuais hiper-realistas e humor ácido. Mas por trás da diversão, o caso abre espaço para uma discussão relevante: qual o papel da IA no entretenimento e, principalmente, no marketing de influência?
Neste artigo, vamos analisar o impacto do “Programa Marisa Maiô”, os bastidores tecnológicos dessa criação, as reações do público e as oportunidades (e riscos) que esse tipo de conteúdo representa para marcas e criadores.
Quem é Marisa Maiô e o que é o programa?
A tecnologia por trás: Veo 3 e Sora
IA no entretenimento e no marketing de influência
A entrada das marcas: o exemplo do Magalu
O futuro dos apresentadores de IA
Conclusão: o que Marisa Maiô nos ensina
Quem é Marisa Maiô e o que é o programa?
Marisa Maiô é uma personagem criada por Raony Phillips, o mesmo criador da série “Girls in the House”. Com o rosto e movimentos gerados por inteligência artificial, Marisa comanda um programa de auditório satírico, em que recebe convidados fictícios para entrevistas inusitadas sobre temas como traição, espinhas e situações absurdas.
Clique no vídeo abaixo e confira a entrevista do programa “The Noite com Danilo Gentili” onde o influencer fala de onde teve a ideia para contar a história das “mulheres que moram juntas em uma pensão” usando o jogo The Sims:
O nome brinca com a indumentária da apresentadora: um maiô preto e salto alto, com um estilo que remete aos programas populares dos anos 1990. A estética é propositalmente exagerada, misturando hiper-realismo e distorções, o que torna o conteúdo ainda mais intrigante.
A tecnologia por trás: Veo 3 e Sora
O sucesso de Marisa Maiô só foi possível graças aos avanços recentes em IA generativa de vídeo. A ferramenta utilizada por Raony Phillips é o Veo 3, tecnologia do Google capaz de gerar vídeos curtos a partir de prompts de texto e referências visuais. A qualidade do realismo chamou atenção, mas o que realmente impressionou foi o timing cômico da personagem, garantido por um roteiro bem escrito e edição criativa.
Outra tecnologia relevante é o Sora, da OpenAI, que também tem ganhado destaque por gerar vídeos altamente realistas. Inclusive, testes recentes mostraram que grande parte do público não consegue diferenciar com precisão o que é real e o que foi criado por IA algo que levanta discussões sérias sobre desinformação, ética e regulação de conteúdo digital.
Por que Marisa viralizou?
A viralização mostra que um programa com inteligência artificial pode sim gerar empatia, identificação e engajamento, mesmo sem um rosto humano de verdade.
- Humor e ironia sobre temas cotidianos;
- Linguagem visual adaptada ao consumo rápido (cortes, trechos curtos);
- Apelo à nostalgia televisiva com uma roupagem tecnológica;
- Personagem carismática, mesmo sendo fictícia.
O vídeo de estreia teve mais de 1,7 milhão de visualizações em poucos dias no X (antigo Twitter), e a conta oficial da personagem já acumula dezenas de milhares de seguidores números comparáveis aos de influenciadores reais.
IA no entretenimento e no marketing de influência
O caso de Marisa Maiô reforça uma tendência já discutida no nosso artigo sobre inteligência artificial no marketing de influência: a presença crescente de personagens gerados por IA no ecossistema de conteúdo.
Assim como os VTubers e influenciadores virtuais, Marisa representa uma nova forma de se comunicar com o público, em que roteiros, vozes e rostos podem ser inteiramente criados por softwares. A diferença, agora, é o nível de realismo e naturalidade atingido.
Esse cenário traz oportunidades e desafios:
Oportunidades:
Criação escalável de conteúdo: IA pode produzir vídeos com rapidez e baixo custo;
Campanhas com personagens proprietários: marcas podem criar seus próprios apresentadores ou influenciadores digitais;
Acesso a novas linguagens: estética e humor da Marisa exploram códigos que ressoam com o público jovem.
Desafios:
Autenticidade e transparência: o público precisa saber que está interagindo com uma IA;
Regulação e ética: uso de vídeos hiper-realistas pode ser perigoso em contextos como política, saúde e publicidade;
Qualidade x volume: IA produz muito conteúdo, mas a curadoria e a criatividade humana continuam essenciais.
A entrada das marcas: o exemplo do Magalu
O Magazine Luiza foi uma das primeiras empresas a surfar na onda Marisa Maiô. Em uma ação de Dia dos Namorados, a personagem foi contratada para uma campanha publicitária, com direito até à venda do maiô preto usado por ela.
A estratégia do Magalu mostra como as marcas podem (e devem) reagir rapidamente a fenômenos culturais, utilizando personagens virtuais como porta-vozes criativos. O sucesso da campanha reforça a ideia de que não é preciso uma influenciadora real para gerar conexão, mas sim autenticidade, timing e entendimento da linguagem digital. Confira o conteúdo abaixo:
O futuro dos apresentadores de IA
Com o avanço de tecnologias como Sora e Veo 3, não será surpresa ver novos “apresentadores” surgindo seja para programas de auditório, jornalismo, tutoriais ou até transmissões ao vivo.Um exemplo recente vem da Espanha: Alba Renai, apresentadora gerada por inteligência artificial e criada pela empresa Mediaset. Inicialmente lançada como uma influenciadora digital, ela migrou para a televisão e hoje acumula milhares de seguidores no Instagram e TikTok. Assim como Marisa, Alba combina realismo visual com uma persona midiática construída para dialogar com o público jovem e digital.
Mas isso não significa o fim de apresentadores humanos. Pelo contrário: personagens como Marisa e Alba mostram que a IA pode ser uma ferramenta criativa para ampliar possibilidades narrativas, e não uma substituição total.
Para marcas e criadores, o caminho está em integrar a IA ao processo criativo, respeitando os limites éticos e explorando sua capacidade de escalar ideias, testar formatos e dialogar com públicos diversos.
Conclusão: O que Marisa Maiô nos ensina
Marisa Maiô comprova que um programa de TV com inteligência artificial pode unir humor, estética e inovação de forma autêntica e eficaz. É um símbolo do que a IA pode (e não pode) fazer no entretenimento e na comunicação de marca. Combinando tecnologia de ponta, humor e timing cultural, a personagem abre espaço para novas formas de se fazer marketing, criar conteúdo e conectar com o público.
Se você se interessa por esse universo, vale também conferir:
- Como os VTubers estão transformando o marketing de influência
- O impacto da IA na criação de influenciadores virtuais
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A era dos apresentadores digitais já começou e ela é feita de código, criatividade e conexão.