Mídias sociais: o que podemos esperar para os próximos anos?
Entenda quais são as projeções e expectativas para as principais plataformas de mídias sociais nos próximos anos
Nos últimos anos, as mudanças nas mídias sociais têm acontecido de maneira ininterrupta. Profissionais da área correm para se adaptar às novas ferramentas mas, alguns, preferem se antecipar e se preparar para as tendências antes que elas sejam difundidas, a fim de se tornarem pioneiros. Por isso, para que você possa se preparar para o que está por vir, trouxemos algumas projeções para os próximos anos e um compilado de atualizações que podem acontecer no Instagram, Twitter e TikTok.
- Melhoria nas recomendações por inteligência artificial
Essa tendência se estabeleceu a partir do crescimento do TikTok, que foca em mostrar ao usuário os melhores conteúdos, não apenas publicados por perfis e páginas que o usuário já segue. O algoritmo do TikTok tem sido muito elogiado por ser tão certeiro em entregar ao usuário exatamente o tipo de conteúdo que ele tem preferência, além de beneficiar novos criadores de conteúdo, pois a probabilidade de viralizar e alcançar pessoas fora da sua própria audiência acaba sendo mais democrática.
Esse algoritmo faz com que o TikTok esteja recebendo muita atenção do público e, principalmente, de outras mídias sociais -e isso inclui o Instagram, que está em concorrência direta com o TikTok. Então, sim, nos próximos anos você com certeza vai começar a receber mais conteúdos recomendados no seu feed do Instagram. Mas o que esperamos é que isso seja feito do jeito certo.
A introdução de posts recomendados no Instagram já foi feita e não foi muito bem recebida. Atualmente, o feed é uma bagunça de publicações sem ordem cronológica, misturadas com conteúdos de páginas aleatórias que você não possui interesse. Por isso, dentre feedbacks negativos do público, o Instagram anunciou ter dado um passo para trás, a fim de que essa mudança seja feita de maneira que a experiência do usuário realmente seja boa. Portanto, para os próximos anos, se espera que a inteligência artificial seja melhor desenvolvida e os posts recomendados estejam lá, mas da maneira correta e mais parecido com o algoritmo do TikTok. Se isso realmente acontecer, talvez os próximos anos sejam um bom momento para novos criadores de conteúdo no Instagram.
- Mais opções de interação privada
De acordo com a Meta, a maior parcela de engajamentos em suas plataformas de mídias sociais acontece nas mensagens diretas (DMs), com pessoas encontrando conteúdos relevantes no feed e depois compartilhando com seus amigos. Tendo isso em vista, acreditamos que a Meta vai investir em mais ferramentas para diversificar os tipos de interação privada.
- Novos formatos de conteúdo que interagem com o metaverso
Sabemos que o metaverso ainda não é completamente difundido. Apesar de algumas marcas já estarem investindo em ações por lá, elas são pioneiras e ainda são a minoria. Entre os usuários, a popularidade é ainda menor. Porém, para que o metaverso comece a penetrar a mente do público, ele precisa ser inserido, aos poucos, nas mídias sociais que o público já utiliza e quer engajar. Por isso, espera-se que nos próximos anos, o Instagram apresente novos formatos de conteúdo que interagem com o metaverso, como posts em AR (realidade aumentada) e NFT (token não fungível).
Também espera-se que novas ferramentas de criação 3D fiquem disponíveis na plataforma, com o intuito de potencializar o número de pessoas que têm interesse nesses novos formatos digitais. Atualmente, para a criação de filtros, você precisa utilizar o programa Spark AR, por exemplo. Mas seria muito engajador se existisse, dentro do próprio aplicativo do Instagram, a possibilidade de criar filtros ou outras ativações em realidade aumentada, não é?
- Possibilidade de pagamentos
A plataforma foi comprada pelo Elon Musk, e o início de sua fortuna surgiu como co-fundador da Paypal, então pagamentos com certeza possuem um grande espaço na sua experiência de vida. Atualmente, ele também é ativo no mercado de criptomoedas e, por isso, acredita-se que a possibilidade de pagamentos dentro da plataforma seja uma realidade próxima.
O WhatsApp já possui uma funcionalidade relacionada a pagamentos e o Twitter deve seguir o mesmo caminho, principalmente se levarmos em consideração que o plano de Musk é tornar a plataforma o “aplicativo de tudo”.
- Conteúdos mais longos
Enquanto a maioria das mídias sociais, atualmente, apostam em formatos mais curtos de conteúdo, o Twitter sempre teve essa característica e talvez hoje precise se diversificar. Não sabemos como ou quando isso vai acontecer, mas aparentemente, Musk já está de olho nessa demanda.
- Tentativas de diminuição de bots
Musk já expôs seu objetivo de acabar com os bots no Twitter, e dentre diversas formas de fazer isso, existe a opção de autenticar humanos reais. Dessa forma, embora não acabe com os bots, pelo menos seria mais fácil de identificar um.
Ainda não sabemos como isso será feito, mas acreditamos que a melhor forma é por meio de um processo de confirmação de identidade. Hoje em dia, quando uma pessoa perde a sua conta por motivos relacionados à idade, por exemplo, para recuperar ela precisa comprovar sua idade por meio do envio de provas. Portanto, o processo não é completamente novo, mas poderia ser equalizado para todas as contas e, aquelas que enviarem a documentação necessária, recebem uma verificação que fica exposta a todos usuários -além da verificação como estamos acostumados, em azul.
- Twitter por assinatura
Elon Musk já falou diversas vezes, e de diversas maneiras diferentes, sobre como um Twitter por assinatura funcionaria. Esse pagamento ajudaria a missão pessoal dele de eliminar os bots da plataforma, porém, no meio de muitas mudanças de opinião, e considerando que nenhuma das principais plataformas de mídias sociais funciona dessa forma, sua última posição sobre o assunto nos deixa a entender que usuários comuns nunca vão ser cobrados para utilizar a rede social, mas talvez o uso comercial tenha um preço.
Lembrando que, em 2020, o Twitter removeu algumas ferramentas de análise e, desde então, essas opções não voltaram. Isso pode nos dar uma dica: talvez as pessoas não precisem pagar para utilizar o Twitter como ele é hoje, apenas se quiserem ter acesso a mais ferramentas.
TikTok
- Live commerce e página de compra
O live commerce, na versão chinesa do aplicativo (Douyin), é um dos conteúdos mais engajados entre usuários e marcas. Por isso, é possível inferir que a plataforma vai se empenhar em popularizar isso também por aqui. Mesmo que o ocidente ainda não dê tanta atenção a essa estratégia, o TikTok tem sido um grande motor de vendas em vários segmentos de produtos, então, com as ferramentas certas, isso pode ser mais um equalizador.
Além do live commerce, acreditamos que o TikTok está trabalhando na criação de uma página de compra, parecida com o que já temos no Instagram. Considerando a importância do aplicativo na decisão de compra, nada mais justo do que a compra poder ser realizada dentro do próprio TikTok.
- Novas formas de pagamento para influenciadores
O Youtube está procurando pagar diretamente os criadores dos shorts (vídeos curtos da plataforma) e isso pode ser uma ameaça a liderança do TikTok nesse formato, pois a monetização chama atenção desses influenciadores. O TikTok, então, não pode ficar para trás nesse aspecto, e precisa trabalhar em novos modelos de pagamento aos criadores, caso contrário, corre o risco de perdê-los para o Youtube.
CONCLUSÃO
Vivemos tempos em que as mudanças no mercado de mídias sociais acontecem muito rápido e tem sido difícil a adaptação para os profissionais da área. Não temos como bater o martelo e ter certeza a respeito do que está por vir, porém é necessário nos mantermos um passo a frente e minimamente preparados. Por isso, leia com atenção as projeções que trouxemos nesse artigo e pesquise de forma mais profunda sobre termos que você ainda não é familiarizado.