Orgulho LGBTQIA+: histórico, personalidades, oportunismo e visibilidade
Junho é o mês do orgulho LGBTQIA+ e provavelmente, a essa altura você já sabe disso. Porém, tratando de uma pauta social relevante, é preciso ir além e expandir os conhecimentos acerca das principais particularidades que envolvem esse grupo minoritário.
Por isso, preparamos um conteúdo recheado com as principais informações sobre a comunidade que vive em luta pelos seus direitos em nossa sociedade.
Como surgiu o mês do orgulho LGBTQIA+?
Em 1969 ocorreu a Rebelião de Stonewall, causada por uma invasão policial violenta em um bar LGBTQIA+ nos Estados Unidos. O evento desencadeou uma série de manifestações pelos direitos da comunidade. Desde então, o dia 28 de junho carrega o mérito de homenagear a luta dessas minorias. Denominado como “dia do orgulho”, isso se deve às vitórias conquistadas ao redor do mundo pelos integrantes do movimento.
No caso da luta de minorias, apenas relatar histórias não é o bastante. É preciso agregar visibilidade a quem participa da linha de frente e sofre as consequências de uma sociedade opressora. Por isso, com base na apresentação de Louie Ponto, mulher lésbica e representante da comunidade, trouxemos os rostos que marcaram a rebelião.
Rostos que marcaram a Rebelião de Stonewall
O que significa a sigla LGBTQIA+?
Com a ascensão da internet, a circulação de informações passou a ocorrer mais rapidamente. A partir disso, diversas lutas sociais ganharam visibilidade. Entretanto, muitas vezes o linguajar utilizado requer um conhecimento prévio para o entendimento total do conteúdo. Esse é o caso da sigla LGBTQIA+ onde, em um primeiro contato, um leigo pode não entender as particularidades de cada letra. Por isso, montamos um glossário.
Glossário: LGBTQIA+
L (Lésbica): pessoas que se identificam como mulheres e nutrem relações com outras mulheres;
G (Gay): pessoas do gênero masculino que se relacionam com outros homens;
B (Bissexual): pessoas que se relacionam com homens e mulheres;
T (Transsexual): pessoas que transcendem a fronteira de gênero imposta pelo seu sexo biológico e se identificam com o gênero oposto;
Q (Queer): trata-se de uma expressão da língua inglesa que era utilizada como uma ofensa para pessoas que viviam fora do padrão social. Traduzindo de maneira literal, significa “estranho”, “esquisito”. A comunidade ressignificou o termo positivamente e se apropriou dele.
I (Intersexual): pessoas que nasceram com uma variação genética que não corresponde nem ao sexo masculino (XY) e nem ao feminino (XX). Utilizava-se o termo “hermafrodita” para caracterizar indivíduos desse grupo, porém, caiu em desuso pela conotação negativa e foi substituída.
A (Assexual): pessoas que não sentem atração sexual ou sentem de forma reduzida. Isso não significa que não se relacionam de maneira romântica, pois há a possibilidade de desenvolver interesse afetivo;
P (Pansexual): pessoas que se atraem por qualquer indivíduo, independente do gênero. Há uma confusão com a bissexualidade. Ocorre que, a criação da nomenclatura “bissexual” foi atribuída para a atração que envolve homens e mulheres. Já a pansexualidade, quando idealizada, levou em consideração a existência de pessoas não-binárias, gênero fluido e agênero.
+: é um símbolo utilizado para representar a diversidade, que pode ir além das classificações já definidas. Justamente porque no passado havia uma limitação onde a sigla se resumia em GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) e a sociedade, com o passar do tempo, passou a considerar outras possibilidades.
Empresas e o oportunismo LGBTQIA+
Na década de 1990, o mundo passou a virar os olhares para causas ambientais a partir de organizações políticas através de congressos. As empresas notaram o impacto social dessa medida e passaram a implementar narrativas sustentáveis em seus produtos e serviços. Entretanto, muitas vezes, as empresas não tinham um compromisso real com a causa, apenas queriam surfar na onda de atenção.
Junto ao entendimento de que as pessoas consomem experiências e não produtos ou serviços isolados, o cenário passou a se replicar e, nos mesmos moldes oportunistas, chegou em outras lutas: feministas, antirracistas e LGBTQIA+. Com isso, apenas em datas comemorativas passaram a dar visibilidade e associar minorias aos seus produtos para vender mais.
De fato, existem marcas que se preocupam efetivamente com os movimentos e são aliadas. O que as diferencia de empresas oportunistas são medidas que, de fato, reduzem a disparidade entre a comunidade LGBTQIA+ e o padrão heteronormativo. Por exemplo: equipes inclusivas, salários equitativos, lideranças diversas, etc.
No caso do Influency.me, além de seguirmos o que pregamos no parágrafo anterior, contamos com um comitê de diversidade. Nele, são tratadas diversas pautas que competem aos grupos minoritários.
Influenciadores digitais da comunidade que você precisa conhecer
1. João Brod (@psi_joaobrod)
2. Lorelay Fox (@lorelay_fox)
3. Jessica Tauane (@jtauane)
4. Linn da Quebrada (@linndaquebrada)
5. Tácio Santos (@herdeiradabeleza)
Conclusão
Para o nosso avanço enquanto sociedade, é essencial entender as peculiaridades e necessidades dos grupos que possuem desvantagens históricas, como a comunidade LGBTQIA+. Somente assim é possível se aliar e lutar em conjunto por melhorias que tornem a condição humana mais digna para todos.